terça-feira, 31 de março de 2015

A história do Super Nintendo





Nome: Super Nintendo Entertainment System
Ano de lançamento: 1991
Empresa:
Nintendo

Olá pessoal, como todo fim de mês irei falar um pouco de história dos games, e falarei sobre o console considerado por muitos, o melhor de todos os tempos, o lendário Super Nintendo.

Lançado como sucessor do NES e criado para ser superior a seus concorrentes (o TurboGrafx-16 e o Mega Drive) e conseguiu, pois logo de cara se pode perceber que tanto os gráficos quanto o áudio dele eram superiores aos seus concorrentes, o que fez com que ele vendesse uma quantia absurda.

E não podemos falar do Super Nintendo sem falar de seus chips especiais, pois eles eram o grande diferencial do console, e estes chips não ficavam no console, mas sim nos cartuchos (como assim nos cartuchos, você deve estar perguntando) simples estes chips especiais davam ao console a capacidade de gerar gráficos em três dimensões (3D), e para ajuda-los o console contava com o processador gráfico que possuía sete modos distintos e o mais famoso era o Mode 7. A principal função do Mode 7 é girar o Background (cenário de fundo) de modo a dar uma perspectiva pseudo-3D, porém, esta função funcionava apenas nos cenários e não com sprites, e para superar esta fraqueza que os chips especiais foram criados.

Aqui está a lista completa de chips especiais:


Super FX: O mais famoso dos chips especiais, foi criado para agir como uma placa de vídeo 3D, o que permitia gerar fantásticos gráficos 2D como em Super Mario World 2: Yoshi’s Island e até mesmo 3D real, como era o caso do clássico Star Fox.
CX4: Chip da Capcom utilizado nos jogos Mega Man X2 e X3.
DSP-1: Este foi o mais usado dos chips e alguns jogos que o usaram foram Mario Kart e Pilotwings.
DSP-2: Inicialmente, seu objetivo era converter imagens bitmap do Atari ST para o formato usado no Super Nintendo e o único jogo que o usou foi Dungeon Master.
DSP-3: Usado para auxiliar nos cálculos da inteligência artificial do jogo, foi usado apenas no jogo de estratégia por turnos de Super Famicom, SD Fundam GX.
DSP-4: Usado apenas em Top Gear 3000 para desenhar as pistas, especialmente quando elas se dividiam em vários caminhos.
GB-Z80: Este chip que foi usado no Super Game Boy, na verdade era idêntico ao processador do Game Boy.
MX15001TFC: Criado pela MegaChips para a Nintendo Power, com este chip especial foi criado um cartucho de Super Famicom em branco que permitia a instalação de jogos através de quiosques especiais espalhados pelo Japão. Este serviço foi fechado dia 8 de Fevereiro de 2007.
OBC-1: usado para manipular sprites, foi usado apenas no jogo para Super Scope, Metal Combat: Falcon’s Revenge.
S-DD1: acelera o processamento do console deixando os sprites dos jogos em formatos de fácil leitura, foi usado apenas em Star Ocean e Street Fighter Alpha 2.
S-RTC: é apenas um relógio de tempo real usado no jogo Daikaiju Monogatari II.
SA1: o Super Accelerator 1 era um segundo processador para o console aumentando grandemente a capacidade dele, ele foi utilizado em muitos jogos, mas o mais famoso a utilizar o chip sem dúvida é o Super Mario RPG: Legendo of the Seven Stars.
SPC7110: Chip criado pela Epson e usado em alguns jogos da Hudson, o jogo Tengai Makyou Zero também contém relógio interno acessado por ele.
ST: Esta série de chips foi criada pela SETA Corporation para melhorar a funcionalidade da A.I utilizando um processador NEC.
ST010: Usado para controlar a A.I. dos carros dos oponentes no jogo de corrida F1 ROC II: Race of Champions.

ST011 e ST018: eram usados para controlar a A.I. no jogo de shogi Hayazashi Nidan Morita Shogi.


O console teve duas formas diferentes, a primeira, era arredondada com os botões Power e Reset pretos, um grande botão Eject no meio e o logo do console na parte de trás, esta versão foi usada no Japão, Coreia e Europa. Já a versão americana era mais quadrada e com um visual mais agressivo, tendo os botões Power e Reset grandes e roxos e o reset mudou de forma mas continuava cinza e no meio, e o logo do console agora se encontrava na frente da entrada de cartuchos.


Trava de região nunca foi algo incomum, mas o como o Super Nintendo a utilizou era, pois além da trava na programação do jogo, os cartuchos tinha formas diferentes dependendo da região (arredondados nas versões Europeia, coreana e Japonesa e quadrados na Americana).


O controle foi uma inovação em seu lançamento, pois além dele adicionar mais dois botões de ação (Y e X) adicionou os inovadores botões de ombro (L e R), tendo um total de seis botões de ação, o tornando ideal para jogos de luta. E diferente do console, a única diferença do controle entre as versões são as cores de seus botões, enquanto nas versões Europeia, Koreana e Japonesa os botões são coloridos (verde, azul, amarelo e vermelho), na versão americana eles combinam mais com o console, sendo eles roxos e lavanda.


Com o grande sucesso que o console fez pelo mundo todo, em 1997 foi lançado uma segunda versão do console, menor, mais arredondada e sem o botão eject, chamada de Super Nintendo Entertainment System Jr. (SNES Jr.).

E como todo console da Nintendo tem vários acessórios, o Super Nintendo não foi diferente, eis alguns deles:


Super Scope: Todos gostamos de usar light guns nos jogos, e se esta arma for uma gigantesca bazuca de quase um metro de comprimento que o jogador deve coloca-la no ombro como uma bazuca real (sem dúvida nenhuma é a arma mais com o visual mais agressivo já criada para um console).


Super Advantage: Este é um controle arcade com função turbo e cuja aparência lembra muito o próprio console.


SNES Multitap: Porque jogar de dois quando se pode jogar em quatro ou mais? Isto é exatamente o que o nome sugere, um Multitap para o Super Nintendo.


BatterUP: Este é mais uma das experiências fracassadas desta geração, é um taco de baseball ou de golfe com botões no cabo.


Super Game Boy: Você gosta de jogos de Game Boy mas quer jogá-los em sua televisão? Não tem problema, basta usar este cartucho especial (que tem todo um Game Boy dentro) e seu sonho será realizado e como a tela não é preenchida totalmente, os jogos ganhavam uma moldura, (alguns títulos tinham molduras especiais).


Super Game Boy 2: Como o Super GameBoy não era capaz de rodar jogos de Game Boy Color, lançaram (apenas no Japão) uma segunda versão compatível com o GBC e não só ele era compatível com todos os jogos de GB e GBC lançados até então mas até mesmo o cartucho era belo (sendo um azul translucido) e além de tudo isso, ele ainda tinha uma porta de cabo link, permitindo que uma pessoa jogasse na TV e outra no Game Boy.


Satellaview: Este foi um projeto bem ousado, pois era um acessório do Super Famicom que era acoplado na parte de baixo do console que combinado com um cartucho especial que o acompanhava, era possível fazer downloads de jogos via satélite em horários específicos (afinal, alugavam um satélite de uma emissora de TV) e além de downloads também era possível ver notícias sobre games.


Cartucho Nintendo Power: Eram cartuchos de Super Famicom e Game Boy em branco, mas diferente do Satellaview, seus jogos eram inseridos através de um quiosque especial da Nintendo Power que eram espalhados pelo Japão (jogos que utilizavam de chips especiais não podiam ser colocados no cartucho).


XBAND: Para quem acha que jogar online é de hoje saiba que está muito enganado, pois o XBAND era um cartucho/modem com uma abertura superior que permitia aos jogadores jogarem partidas multiplayer de qualquer jogo online.


Konami Justifier: Outra light gun, mas esta vinha com o jogo Lethal Enforcers e é bem menor que a Super Scope.


SNES Mouse: Este mouse foi criado exclusivamente para o Mario Paint, hoje as pessoas já não veem mais graça em brincar no paint do computador, mas na época usar um mouse conectado em seu vídeo game era uma novidade e poder desenhar e compor músicas com ele, era fantástico.


SNES CD e Play Station CD Rom: O acessório que nunca saiu do papel era uma parceria entre Nintendo e Sony, para que a Sony criasse um Disc drive para o Super Nintendo utilizando CD-Roms, a Sony também estava trabalhando em um console separado que rodava tanto os jogos em CD-Rom quanto cartuchos de Super Nintendo (o que futuramente virou o PlayStation).


Miracle Piano Teaching System: Sem dúvida este é o acessório mais curioso de todos, pois se tratava de um teclado (instrumento) real que era conectado ao console e quando usado junto do jogo que o acompanhava ensinava as notas musicais o como tocar corretamente o instrumento.

Este foi um grande console que superou todos os seus concorrentes na grande guerra dos 16 bits, fazendo seu nome virar sinônimo de respeito para todos os jogadores. E apesar de ser um aparelho fisicamente forte, quando ligado, qualquer batida podia causar mal contato com o cartucho travando o jogo.

E se você é um colecionador, um saudosista ou simplesmente alguém que gosta de bons jogos 2D, este é o seu garoto, se você ainda tem o seu, tire a poeira dele, chame os amigos e aproveite.


Curiosidades e dicas:

  • - O serviço XBAND cobrava por conexão e não por mês.
  • - Há alguns anos alguns fãs criaram o SupaBoy, um Super Nintendo Portátil.
  • - Existem diversos tipos de Multitap, mas os mais conhecidos são os da Hudson Soft.
  • - Os jogos de lançamento do console foram Super Mario World e F- Zero.
  • - O Cartucho Super Mario All Stars + Super Mario World, nunca foi vendido separado do console.
  • - O console usava um plástico chamado de plástico ABS e este plástico oxida quando exposto ao ar, causando o aparelho a amarelar e se as peças forem de lotes diferente, irá ocorrer o famoso efeito de duas cores.
  • - O cabo de vídeo do Super Nintendo e do Nintendo 64 são iguais.
  • - O console teve alguns clones, dentre eles, tem alguns que rodam jogos tanto de SNES quanto de NES.
  • - A pinagem muda entre os jogos Americanos e Japoneses.
  • - Existe um flashcard para SNES que para se poder jogar os jogos com chips especiais é necessário encaixar um jogo que contenha o chip especifico no topo do cartucho.
  • - A versão Coreana (da Coreia do Sul) se chamava Super Comboy.
  • - O último jogo licenciado lançado para o Super Nintendo foi, Frogger em 1998.
  • - O último jogo licenciado lançado para o Super Famicom foi, Metal Slader Glory em 2000
  • - Mas o real último jogo lançado foi um não licenciado lançado em 2014 chamado, Nightmare Busters.





















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