Nome:
N-Gage
Ano de lançamento: 2003
Empresa: Nokia
Ano de lançamento: 2003
Empresa: Nokia
Olá pessoal, é fim de mês
então quer dizer que é dia de aprender um pouco de história, e o escolhido de
hoje é um portátil que não fez muito sucesso, o N-Gage.
Não é de hoje que sempre que
algo começa a fazer sucesso todas às empresas (até as que não são do ramo)
tentam aproveitar a onda, e a febre dos portáteis que do fim da década de 90
não foi diferente, e uma das empresas que tentou aproveitar a onda foi a Nokia
(sim a empresa de celulares), criando o primeiro vídeo game multi funções, que
tinha até mesmo as funções de um celular.
Criado para ser uma
competição contra o Game Boy Advance
e tecnicamente o portátil era capaz de superar o portátil da Nintendo, pois ele
podia gerar gráficos 3D comparáveis
aos do PlayStation (o que era uma grande vantagem na batalha contra a Nintendo),
porém, é agora que a coisa fica séria, pois o portátil da Nokia foi projetado
para fazer muitas coisa mas seu design não ajudou muito e agora direi o porque.
Inicialmente o N-Gage era um
smartphone com o operacional Symbian OS
6.1 (um Sistema Operacional para celular que saiu bem antes do Android), o
que permitia que ele rodasse qualquer aplicativo da versão que não precisasse do
uso da câmera, o que ainda é muita coisa, além dos jogos próprios dele (o que é
bom). E entre suas muitas funções, o aparelho contava com tocador de MP3, rádio FM, saída USB e
slot para cartão MMC (um cartão
pouco usado que perdeu lugar para o cartão SD).
O aparelho até que funcionava bem (ou quase) afinal, todos
os botões estão marcados corretamente o que torna o uso dessa função bem
simples e utilizava o Symbian, porém, realizar ligações propriamente dito podia
não ser tão confortável, pois o microfone e o autofalante ficava no topo do
console, o que forçava o usuário a usar o aparelho de lado para falar ao telefone (o que gerava uma vista muito
bizarra).
E na parte console a coisa já complicava um pouco, pois o que foi um dos maiores
problemas deste console foi o seu design, pois ele foi feito para ser tudo, mas
no fim ele não é nada. Comecemos pela parte console portátil, sua tela tem uma
boa definição e um bom tamanho e o D-pad é bem confortável (para aqueles que
gostam de um direcional circular), porém, a parte positiva acaba por aqui, pois
os botões de ação são o teclado numérico do telefone e tem marcação especial em apenas dois
botões (o 5 e o 7), você
simplesmente precisava adivinhar
para que cada botão era usado (coisa que não é muito simples as vezes) o que
torna bem complicado jogar nele.
Em 2004 foi lançada a segunda versão do console, o N-Gage QD que teve muitas alterações, começando
com o design, ele agora está menor e mais arredondado, a saída de áudio do
telefone agora esta na frente do console (não tendo mais que segurá-lo de lado
em ligações) e o mais importante, o slot para os cards de jogos agora se encontrava na parte de baixo do console,
permitindo a rápida troca de jogo.
Outras mudanças foram remoções de funções para o barateamento
e a redução do tamanho do console (coisa comum no mundo dos consoles), como, a
remoção do player de MP3, do radio FM e da porta de conexão USB, ou seja, não mais
existia saída USB no portátil, então como que se conectava o aparelho ao computador você deve estar perguntando, a
resposta é simples, plugando o cartão MMC diretamente no computador (coisa que
se você não tivesse o adaptador não poderia fazer). Outra alteração
significante foi no formato de todos os botões (incluindo o D-pad) e de suas
posições.
Em 2008 a Nokia Lançou seu novo aparelho, conhecido como N-Gage 2.0 ou N-Gage Service, que não era exatamente uma versão do N-Gage, mas
sim, um serviço online que permitia baixar jogos em modelos específicos de
celulares (já que nem todos eram compatíveis), e algumas funções bem
interessantes (e novidades na época) eram que em sua lista de jogos, além dos
comprados, apareciam também os Trials
(as demos que permitiam jogar por algum tempo) e os jogos alugados (sim alugar mídia virtual), para quem não tinha dinheiro o
bastante para comprar a versão completa do jogo ou simplesmente achava que não
valia a pena por ser um jogo curto.
A ideia inicialmente foi boa
e o poder do console era capaz de realizar o proposto e as ideias de
multiplayer via Bluetooth e internet também não era ruim, mas a tela pequena e a
má execução da ideia como um todo que foi ruim, pois a impraticidade tanto como
um console quanto como um celular foi o motivo da ruina de um console que tinha
tudo para dar certo.
No mais, foi verdadeiramente
algo inovador para a época e que chamou a atenção de muita gente, mas os
diversos problemas do aparelho afastou rapidamente os clientes, mas ele ainda
merece ser lembrado, pelo simples fato de ter escrito parte da história dos
games.
Curiosidades
e dicas:
- - Além de aplicativos para Symbian 6.0 o N-Gage também rodava aplicativos em Java.
- - O N-Gage Service foi descontinuado no final de 2010.
- - Foram lançados 49 títulos para o N-Gage Service.
- - Alguns dos apelidos do primeiro modelo do N-Gage foram, “Taco phone” (por causa de seu formato e “Sidetalking”.
- - Foram lançados 64 jogos para o N-Gage e N-Gage QD, sendo dois apenas em mídia virtual.
- -Todas as entradas laterais do console eram protegidas por tampas emborrachadas.
- - Sonic N é exatamente o mesmo jogo que o Sonic Advance, apenas com outro nome.
- - Foram lançados alguns portes de jogos de PlayStation como Tony Hawk’s e Tomb Raider.
- - O N-Gage QD tinha um problema de memória que caso o aparelho usasse toda a memória, ele não mais poderia sair do jogo ou mesmo abrir o menu principal, e se o desligasse e religasse ele apresentaria apenas a tela branca da morte.
- - Não é possível usar jogos usados, pois eles são registrados para um celular apenas, caso o seu aparelho quebrasse e comprasse um novo, teria que comprar o jogo de novo.
- - Para trocar os jogos do modelo “Taco” era preciso tirar a tampa traseira e a bateria.
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